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Morgan Rice
Encontrada livro #8 na série Memória de um Vampiro
Sobre Morgan Rice

Morgan Rice é a autora número 1 do bestseller THE VAMPIRE JOURNALS (MEMÓRIAS DE UM VAMPIRO), uma série para jovens adultos composta de onze livros (até o momento); da série bestseller número 1 THE SURVIVAL TRILOGY (A TRILOGIA DA SOBREVIVÊNCIA), um thriller pós-apocalíptico com dois livros até o momento; e bestseller da série de fantasia épica número 1 THE SORCERER’S RING (O ANEL DO FEITICEIRO), formado até agora por quinze livros.


Os livros de Morgan estão disponíveis em edições de áudio e edições impressas e traduções dos livros podem ser encontradas em alemão, francês, italiano, espanhol, português, japonês, chinês, sueco, holandês, turco, húngaro, tcheco e eslovaco (com mais línguas por virem).


Morgan quer ouvir a sua opinião, então, por favor, sinta-se à vontade para visitar seu website www.morganricebooks.com para fazer parte da lista de e-mails, receber um livro de graça, ganhar brindes, baixar o novo aplicativo, ficar por dentro das últimas novidades exclusivas, conectar ao Facebook e Twitter e manter contato!

Crítica selecionada sobre MEMÓRIAS DE UM VAMPIRO

“Rice faz um ótimo trabalho ao trazer o leitor para dentro da história desde o início, usando uma incrível qualidade descritiva que transcende a mera pintura do cenário… Bem escrito e extremamente rápido de ler.”

–-Black Lagoon Reviews (sobre Transformada)


“Um história ideal para jovens leitores. Morgan Rice fez um ótimo trabalho tramando uma inesperada reviravolta… Inovador e único. A série acontece em torno de uma garota… uma incrível garota!… Fácil de ler, mas de ritmo extremamente acelerado. Apropriado para maiores de 12 anos.”

–-The Romance Reviews (sobre Transformada)


“Prendeu minha atenção desde o início e não deixou mais escapar… Esta história é uma aventura incrível, de ritmo intenso e cheia de ação desde o início. Não há um momento entediante sequer.”

–-Paranormal Romance Guild (sobre Transformada)


“Cheio de ação, romance, aventura e suspense. Ponha as suas mãos nesse e se apaixone mais uma vez.”

–-vampirebooksite.com (sobre Transformada)


“Uma trama incrível e é especialmente o tipo de livro difícil de parar de ler à noite. O suspense do final é tão espetacular que imediatamente você vai querer comprar o livro seguinte, só para ver o que acontece.”

–-The Dallas Examiner {sobre Loved}


“TRANSFORMADA é um livro que pode competir com CREPÚSCULO e DIÁRIOS DO VAMPIRO, e fará com que você queira continuar lendo até a última página! Se você gosta de aventura, amor e vampiros, este é o livro para você!”

–-Vampirebooksite.com (sobre Transformada)


“Morgan Rice prova mais uma vez que é uma talentosa contadora de histórias… Agradará uma grande variedade de público, incluindo jovens fãs do gênero vampiro/fantasia. Termina em um surpreendente suspense que o deixará impressionado.”

–-The Romance Reviews (sobre Amada)

Livros de Morgan Rice

O ANEL DO FEITICEIRO
EM BUSCA DE HERÓIS (Livro 1)
MARCHA DE REIS (Livro 2)
A FATE OF DRAGONS (Livro 3)
A CRY OF HONOR (Livro 4)
A VOW OF GLORY (Livro 5)
A CHARGE OF VALOR (Livro 6)
A RITE OF SWORDS (Livro 7)
A GRANT OF ARMS (Livro 8)
A SKY OF SPELLS (Livro 9)
A SEA OF SHIELDS (Livro 10)
A REIGN OF STEEL (Livro 11)
A LAND OF FIRE (Livro 12)
A RULE OF QUEENS (Livro 13)
AN OATH OF BROTHERS (Livro14)

A TRILOGIA DA SOBREVIVÊNCIA
ARENA UM: COMERCIANTES DE ESCRAVOS (Livro 1)
ARENA DOIS (Livro 2)

MEMÓRIAS DE UM VAMPIRO
TRANSFORMADA (Livro 1)
AMADA (Livro 2)
BETRAYED (Livro 3)
DESTINED (Livro 4)
DESIRED (Livro 5)
BETROTHED (Livro 6)
VOWED (Livro 7)
FOUND (Livro 8)
RESURRECTED (Livro 9)
CRAVED (Livro 10)
FATED (Livro 11)
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Ouça a série MEMÓRIAS DE UM VAMPIRO no formato de áudio book!

Direitos reservados© 2012 por Morgan Rice


Todos os direitos reservados. Exceto como permitido pela lei de Direitos Autorais dos EUA de 1976, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, distribuída ou transmitida por nenhuma forma ou meio, ou armazenada em banco de dados ou em sistemas de recuperação, sem a permissão prévia do autor.


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Este é um trabalho fictício. Nomes, personagens, empresas, organizações, locais e incidentes são frutos da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, é mera coincidência.


Modelo da capa: Jennifer Onvie. Fotografia da capa: Adam Luke Studios, New York. Maquiadora: Ruthie Weems. Se você deseja entrar em contato com qualquer um destes artistas, por favor, entre em contato com Morgan Rice.

FATO:

Apesar de a data exata da morte de Jesus permanecer desconhecida, acredita-se que ele tenha morrido no dia 3 de abril, 33 D. C.

FATO:

A sinagoga de Cafarnaum (Israel), uma das mais antigas do mundo, é um dos poucos lugares que restaram onde Jesus pregou. É também o local onde ele curou um homem “possesso de um demônio, de um espírito imundo.”

FATO:

A atual Basílica do Santo Sepulcro em Jerusalém, uma das igrejas mais sagradas do mundo, foi construída no local da crucificação de Jesus e no suposto local de sua ressuscitação. Mas, antes da construção da igreja, durante os 300 anos após a crucificação de Cristo, paradoxalmente, este local era ocupado por um Templo Pagão.

FATO:

Após a Última Ceia, Jesus foi traído por Judas no antigo jardim de Getsêmani.

FATO:

Ambos, o Judaísmo e o Cristianismo, pregam que haverá um apocalipse, um fim dos dias, durante o qual um Messias virá, e durante o qual aqueles que haviam morrido serão ressuscitados. O Judaísmo acredita que, quando o Messias chegar, os primeiros a serem ressuscitados serão aqueles enterrados no Monte das Oliveiras.

“Vou beijar esses lábios;
É possível que algum veneno ainda se ache neles,
Para me dar alento e dar a morte.
O! Sê bem-vindo, punhal!”

--William Shakespeare, Romeu e Julieta

CAPÍTULO UM

Nazaré, Israel

(Abril, 33 D.C.)


A mente de Caitlin estava a mil por hora, com sonhos rápidos e agitados. Ela viu sua melhor amiga, Polly, cair de um penhasco, com os braços estendidos para tentar se agarrar a ela, mas, por pouco, não alcançou sua mão. Ela viu seu irmão Sam fugir dela, correndo por um campo sem fim; ela o seguiu, mas não importava o quanto ela corresse, ela não conseguia alcançá-lo. Ela viu Kyle e Rynd assassinarem os membros de seu clã diante de seus olhos, partindo-os em pedaços, o sangue espirrava sobre ela. Este sangue se transformou em um pôr do sol vermelho-sangue, que pairava sobre sua cerimônia de casamento com Caleb. Com exceção deste casamento, eles eram as únicas pessoas, as últimas vivas no mundo, de pé, sobre a borda um precipício, contra um céu cor de sangue.

E então ela viu sua filha, Scarlet, sentada em um pequeno barco de madeira, sozinha na imensidão do mar, à deriva em águas turbulentas. Scarlet ergueu as quatro chaves que Caitlin precisava para encontrar seu pai. Mas, enquanto ela a observava, Scarlet as levantou e as deixou cair na água.

“Scarlet!” Caitlin tentou gritar.

Mas nenhum som saiu, enquanto ela assistia, Scarlet se afastava cada vez mais, oceano adentro, em direção às enormes nuvens de tempestade que se formavam no horizonte.

“SCARLET!”

Caitlin Paine acordou aos gritos. Ela se sentou respirando com dificuldade, e olhou a sua volta, tentando se orientar . Estava escuro lá, a única fonte de luz vinha de uma pequena abertura, a cerca de vinte metros. Parecia que ela estava em um túnel. Ou talvez fosse uma caverna.

Caitlin sentiu algo duro sob ela e, ao olhar para baixo, percebeu que estava deitada em um chão de terra com pequenas pedras. Ali estava abafado e cheio de poeira. Onde quer que ela estivesse, não era um clima escocês. Era quente, seco – como se estivesse no deserto.

Caitlin sentou-se, esfregando sua cabeça, forçando os olhos através da escuridão, tentando se lembrar, tentando distinguir o que era sonho e o que era realidade. Seus sonhos foram tão vívidos e sua realidade, tão surreal, que estava ficando cada vez mais difícil dizer a diferença.

Enquanto ela recuperava aos poucos seu fôlego, se livrando daquelas horrendas visões, começou a perceber que estava de volta. Viva, em algum lugar. Em um novo local e tempo. Ela sentiu as camadas de sujeira em sua pele, cabelo e olhos, e sabia que precisava de um banho. Estava tão quente ali, era difícil respirar.

Caitlin sentiu um volume familiar em seu bolso, se virou e viu, aliviada, que seu diário estava ali. Ela imediatamente checou seu outro bolso e sentiu as quatro chaves, em seguida, levantou suas mãos e sentiu seu colar. Tudo estava lá. Ela se encheu de alívio.

Então ela se lembrou. Caitlin imediatamente se virou, tentando verificar se Caleb e Scarlet haviam conseguido voltar com ela.

Ela enxergou uma forma na escuridão, imóvel, e, a princípio, se perguntou se aquilo se tratava de algum animal. Mas, quando sua visão se ajustou, ela percebeu que tinha forma de um humano. Ela se levantou devagar, seu corpo doía, estava rígido por deitar sobre as pedras, e começou a se aproximar.

Ela atravessou a caverna, se ajoelhou e, gentilmente, mexeu o ombro daquela grande forma. Já sentia quem era: não precisava que ele se virasse para ela saber. Ela podia senti-lo do outro lado da caverna. Era – ela sabia, aliviada – seu grande e único amor. Seu marido, Caleb.

Enquanto ela o virava de costas, ela rezou para que ele tivesse conseguido chegar lá com boa saúde. Que ele se lembrasse dela.

Por favor, ela pensou. Por favor. Só mais esta vez. Deixe Caleb sobreviver à viagem.

Quando Caleb se virou, ela respirou aliviada ao ver que suas características pareciam intactas. Ela não viu nenhum sinal de ferimentos. E, quando ela o examinou mais de perto, ficou ainda mais aliviada ao vê-lo respirando, o ritmo lento de seu peito subindo e descendo – e então, viu suas pálpebras se contraírem.

Ela soltou um profundo suspiro de alívio quando seus olhos se abriram.

“Caitlin?” ele perguntou.

Caitlin caiu em prantos. Seu coração disparou quando ela se inclinou sobre ele e o abraçou. Eles conseguiram voltar juntos. Ele estava vivo. Era tudo o que ela precisava.

Caitlin caiu em prantos. Seu coração disparou quando ela se inclinou sobre ele e o abraçou. Eles conseguiram voltar juntos. Ele estava vivo. Era tudo o que ela precisava. Não precisava pedir mais nada no mundo.

Ele a abraçou de volta e ela o apertou por um longo tempo, sentindo a movimentação de seus músculos. Ela se encheu de alívio. Ela o amava mais do que conseguia expressar. Eles haviam ido tantas vezes juntos, para tantos lugares, haviam visto tanta coisa juntos, passado por tantos altos e baixos, sofrido tanto, mas também haviam celebrado. Ela pensou em todas as vezes que eles quase perderam um ao outro, aquela vez em que ele não se lembrava dela, quando ele foi envenenado… Os obstáculos na relação deles pareciam nunca ter fim.

E agora, finalmente, eles haviam conseguido. Estavam juntos mais uma vez, para a última viagem de volta. Isso significava que eles ficariam juntos para sempre? Ela se perguntou. E esperava que sim, com todas as suas forças. Sem mais viagens de volta. Desta vez, eles ficariam juntos de vez.

Caleb parecia mais velho enquanto ele olhava de volta para ela. Ela encarava fixamente seus olhos castanhos, e podia sentir o amor fluindo através dele. Ela sabia que ele estava pensando o mesmo que ela.

Enquanto ela olhava em seus olhos, todas as memórias vieram à tona. Ela pensou na última viagem deles, na Escócia. Tudo voltou depressa como se fosse um sonho ruim. No começo, tudo era tão belo. O castelo, o encontrar com todos seus amigos. O casamento. Meu Deus, o casamento. Foi a coisa mais linda, mais do que ela jamais sonhara. Ela olhou para baixo e fitou sua aliança. Ainda estava lá. O anel tinha voltado junto com ela. Este símbolo do amor deles havia sobrevivido. Ela mal podia acreditar. Ela estava realmente casada. E com ele. Tomou isso como um sinal: se a aliança era capaz de voltar no tempo e atravessar tudo, se a aliança poderia sobreviver, o amor deles também poderia.

A visão da aliança em seu dedo realmente a fez compreender. Caitlin pausou e sentiu o que era ser uma mulher casada. Era diferente. Mais sólido, mais permanente. Ela sempre amou Caleb e sentia que ele a amava também. Ela sempre teve a sensação de que a união deles era eterna. Mas agora que ela era oficial, ela se sentia diferente. Sentia que os dois eram realmente apenas um.

Caitlin então pensou no passado e lembrou o que aconteceu após o casamento: eles tiveram que deixar Scarlet, Sam e Polly. Encontraram Scarlet no oceano, viram Aiden e ouviram as terríveis notícias. Polly, sua melhor amiga, estava morta. Sam, seu único irmão, havia a abandonado para sempre e partira para o lado das trevas. Seus companheiros, membros de seu clã, foram assassinados. Era quase demais para ela poder aguentar. Ela não conseguia imaginar o horror, como seria uma vida sem Sam com ela – ou sem Polly.

De sobressalto, seus pensamentos se viraram para Scarlet. Tomada repentinamente pelo pânico, ela se afastou de Caleb, procurou pela caverna, imaginando se ela também havia conseguido voltar.

Caleb devia estar pensando a mesma coisa, ao mesmo tempo, pois seus olhos se arregalaram.

“Onde está Scarlet?” ele indagou, lendo sua mente, como de costume.

Caitlin se virou e correu para cada canto da caverna, procurando em cada fresta escura, em busca de qualquer indício, qualquer forma, qualquer sinal de Scarlet. Mas não havia nenhum. Ela procurou freneticamente, cobrindo a caverna toda com Caleb, examinando cada centímetro do local.

Mas Scarlet não estava lá. Ela simplesmente não estava.

O coração de Caitlin apertou. Como poderia ser assim? Como era possível que ela e Caleb conseguiram fazer a viagem, mas Scarlet não? O destino poderia ser assim tão cruel?

Caitlin se virou e correu para a luz do sol, em direção à saída da caverna. Ela tinha que sair, ver o que havia lá fora, ver se havia algum sinal de Scarlet. Caleb correu ao seu lado, os dois foram até a abertura da caverna, para o sol, e ficaram parados na entrada.

Caitlin parou de repente, ainda em tempo: uma pequena plataforma se projetava para fora da caverna e descia pela íngreme montanha. Caleb parou logo em seguida, ao seu lado. E lá estavam eles, em pé sobre uma estreita base, olhando para baixo. De alguma forma, Caitlin percebeu, eles haviam aterrissado dentro de uma montanha, a centenas de metros de altura. Não havia como subir mais nem como descer. E se eles dessem um passo a mais, iriam despencar daquela altura.

Espalhado abaixo deles, havia um enorme vale, que alcançava o horizonte até onde a vista alcançava. Era uma paisagem deserta e rural, pontilhada com afloramentos rochosos e algumas palmeiras. À distância, havia colinas espalhadas e, diretamente abaixo deles, havia um vilarejo constituído por casas de pedras e ruas de terra. Estava ainda mais abafado ali, sob o sol, insuportavelmente brilhante e quente. Caitlin estava começando a perceber que eles estavam em um clima bem diferente da Escócia. E, julgando pela aparência rudimentar do vilarejo, eles estavam em uma época diferente, também.

Intercalados entre toda a terra e areia e pedras, havia sinais de agricultura, algumas partes verdes. Algumas eram cobertas de vinhas, crescendo em fileiras organizadas pelas íngremes encostas, e entre elas, havia árvores que Caitlin não reconhecia: árvores pequenas, pareciam antigas, com ramos retorcidos e folhas prateadas que brilhavam a luz do sol.

“Oliveiras,” Caleb disse, lendo sua mente mais uma vez.

Oliveiras? Caitlin se perguntou. Onde raios nós estamos?

Ela olhou para Caleb, com a sensação de que talvez ele reconhecesse aquele local e tempo. Viu seus olhos arregalados e sabia que sim – e também que ele estava surpreso. Ele admirou a vista como se ela fosse um amigo que ele não via há muito tempo.

“Onde nós estamos?” ela perguntou, quase com medo de descobrir.

Caleb examinou o vale ante eles e, então, finalmente, se virou e olhou para ela.

Gentilmente, ele disse: “Nazaré.”

Ele fez uma pausa, absorvendo tudo.

“Ao julgar por este vilarejo, estamos no século primeiro,” ele disse, virou-se e olhou para ela, admirado, seus olhos brilhavam de emoção: “Na verdade, parece que estamos nos tempos de Cristo.”

CAPÍTULO DOIS

Scarlet sentiu uma língua lambendo seu rosto e abriu seus olhos para a ofuscante luz do sol. A língua não parava e, antes mesmo de ela olhar para cima, ela sabia que era Ruth. Ela abriu seus olhos apenas o suficiente para ver que era ela mesma: Ruth estava debruçada sobre ela, choramingando, e ficou ainda mais animada quando Scarlet abriu os olhos.

Scarlet sentiu uma pontada de dor quando ela tentou abrir um pouco mais seus olhos; atingida pela luz ofuscante do dia, seus olhos se encheram de lágrimas, mais sensíveis do que nunca. Ela estava com uma forte dor de cabeça e entreabriu seus olhos o bastante para ver que ela estava deitada em uma rua de paralelepípedos em algum lugar. As pessoas caminhavam por ali, passando por ela e ela podia falar que estava no meio de uma cidade movimentada. As pessoas corriam para lá e para cá, em todas as direções, e ela conseguia ouvir o barulho da multidão ao meio-dia. Enquanto Ruth choramingava sem parar, ela sentou-se ali, tentando se lembrar, tentando entender onde ela estava. Mas não fazia ideia.

Antes que Scarlet conseguisse organizar seus pensamentos sobre o que havia acontecido, de repente, ela sentiu um pé cutucando suas costelas.

“Mexa-se!” veio uma voz grave. “Você não pode dormir aqui.”

Scarlet olhou para o lado e viu uma sandália romana próxima ao seu rosto. Ela olhou para cima e viu um soldado romano em pé em cima dela, vestido com uma túnica curta, com um cinto em volta de sua cintura, onde estava pendurada uma espada curta. Ele usava um pequeno capacete com penas.

O soldado se curvou e a cutucou novamente com seu pé, machucando o estômago de Scarlet.

“Você me escutou? Mexa-se, ou eu irei prendê-la.”

Scarlet queria ouvi-lo, mas quando ela abriu mais seus olhos, o sol os machucava muito, e ela estava tão desorientada. Ela tentou se levantar, mas sentiu como se estivesse se movimentando em câmera lenta.

O soldado se inclinou para trás e a chutou nas costelas. Scarlet, percebeu esse movimento e se preparou para o impacto, incapaz de reagir rápido o suficiente.

Scarlet ouviu um rosnado e se virou para ver Ruth, com os pelos de suas costas todos arrepiados, atacando o soldado. Ruth pegou seu tornozelo em pleno ar, cravando suas presas afiadas nele com toda a sua força.